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Carne

by Bratislava

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1.
Eu vi um jardim asteca no meio do sertão eu nem sei se estou são Eu vi um castelo maia no sul da Bahia como fui parar ali?
2.
Eu desci do avião no inferno do Atacama e a dor do cajado calejava a minha espera os olhos de mariposa prometem, tão sutis e sedutores andar pela terra mais uma vez Trago luta, trago desespero e dor eu imploro, o mundo todo já falhou abra a porta, aqui fora a minha pele queima ó vidente, me devolva o que acabou no fim da luta já posso ver a luz Quanto custa o tempo? E que alento que me afaga enquanto o brilho não se põe? Essa massa negra esparramada na garganta anuncia a minha eternidade Trago luta, trago esperança e dor eu imploro, o mundo todo já falhou abra a porta, aqui fora a minha pele queima ó vidente, me devolva o que acabou no fim da luta já posso ver a luz Já posso andar pelo sol ser o rei desse farol um corpo de ondas de luz um juiz, um rei, o infinito que não existe
3.
O fim do mês encontrava o meu carpete todo empoeirado um raio de sol formigava a multidão de pontos brancos no ar Meus olhos ressecam no fundo do mar O chão da minha casa é o mapa do deserto de um lugar qualquer... O fim do dia se agita e leva embora o que ali morava no escuro se precipita e desintegra A multidão de pontos brancos no ar O chão da minha casa é o mapa do deserto de um lugar qualquer...
4.
Folhas secas soltam velharias em discursos que meu avô já dizia que eram péssimos Não sei o que te atrai nas plantas novas no quintal de casa Eu não sei o que te atrai nos gritos de poder Quiçá funcione um dia Quem sabe? Folhas secas soltam velharias em discursos que meu avô já dizia que eram péssimos Não sei o que te atrai nas plantas novas no quintal de casa Eu não sei o que te atrai nos gritos de poder
5.
Aconchego 04:40
Quando a morte voar os aviões não vão precisar cair pra cumprir tragédias Veremos cadáveres em órbita pássaros antepassados vão passando sem vida no céu Se a morte voasse a gravidade seria coisa de gente viva Seria diferente, seria diferente desse imã no centro da Terra Daria pra aprender, daria pra aprender com os corpos celestes a conviver com o fim
6.
Quem não soube criar nada perfeito? que não sofresse o efeito dos dias, das eras quem não soube fazer um lugar perfeito? que não tivesse defeitos, que não se perdesse A massa que dá fortuna tem que estar vestida pra matar tem que erguer os olhos gigantes do povo de um mundo que derrama Foi o erro zero de quem não soube fazer nada perfeito
7.
Carne 04:30
8.
Nunca saberíamos ser gatos! Se fossemos gatos, jamais vadiaríamos telhados pelas paulistas noites vazias, silêncio morno num céu mijado Pelo contrário, trabalharíamos por peixes descamados saladas mistas de ambrosia, queijo brie, um castelo de brie! Nunca saberíamos ser gatos!
9.
Holga 03:01
Foi na viagem que fizemos pro Pará eu fiz as fotos pra lembrar que vivemos lá Foi na viagem que fizemos pro Uruguai eu não fiz fotos, mas me lembro de lá Eu me lembro...
10.
C'Alma 05:06
11.
Vermute 03:00
Esse é o ataque de um video cassete de quatro cabeças um Maverick que respeita sinalização operetas com mensagens eleitorais é um drink pra problemas de ereção Essa é a receita de uma cinta-liga à parmegiana maquiagem para dentes com obturação sedativos para bailes discotecs é um drink pra problemas de gestação
12.
Eu vou invadir essas terras que eu mesmo criei eu vou infestar esse mundo com criaturas muito parecidas comigo... o lar é um dos lugares na cidade de onde não se vê o céu Talvez eu me submeta quem sabe haja alguém maior que eu talvez eu tenha mesmo algumas falhas muito parecidas com as que criei Quem não vê que esse falso sentido tem o peso imaginário de um enorme reservatório de ar? Talvez eu me submeta quem sabe haja alguém maior que eu talvez eu tenha mesmo algumas falhas muito parecidas com as que criei
13.
Rotundo composto, o mundo do fogo moroso soava junto ao outono embaçado e fosco, inunda um lugar perigoso e voa pra longe do sono Todo um tonel de chumbo louro no couro moreno solto no touro do bumbo solto num sol pequeno Um segundo sol acordado debaixo do seu colo sereno

credits

released November 13, 2012

CARNE é o primeiro disco (full-length) da banda, com 12 canções inéditas e 1 faixa do EP Longe do Sono (lançado em 2011) remixada por Matschulat.

O disco conta a saga de um protagonista sem nome, que vaga por cenários realistas e absurdos - desde uma caminhada pela avenida Paulista até o vislumbre de um jardim asteca no meio do sertão - questionando seus próprios demônios e enigmas, botando em cheque os costumes sociais, a normalidade, os vícios da memória, a vida eterna e o paradoxo da perfeição.

Produzido por Claudio Machado, Fabio Santini, Luis Lopes e Victor Meira no estúdio C4, em São Paulo. CARNE conta com a participação dos amigos Brunno Cunha (teclados), Thamires Tannous (vozes), Daniel Nunes (beats eletrônicos), James Muller (percussão) e Lucas Weier (acordeon).

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Bratislava Sao Paulo, Brazil

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