1. |
Intro
01:29
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Ah, desde então não se sabe do ladrão
se roubou o trem ou se escolheu ficar com o alazão
na empreitada abriram fogo, houve sangue e confusão
Cartazes se espalham nas paredes por aí
o ladrão sumiu no meio da fumaça
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2. |
Serpentina
05:20
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Uma máscara sem alma
botei na minha cara
pra criar um deus
dançando alegre no chão do sol
recebo flores em chamas
hoje não tem ninguém em casa
Meu rosto escondido
pra me libertar de mim
e criar um deus
será que tanto poder é ruim
será que não é bem assim
hoje vou dançar
Estados inteiros ficam sem dono
toda essa gente em volta do trono
cidades inteiras fenecem
e não se sabe como
Não se sabe como
acontecem momentos assim
uma cegueira ruim
de homens que regem com sono
Máscaras sem alma
na cara de todo mundo
panteões e orgias pagãs
delícias de um lugar imundo
dançando alegres
pés descalços no chão
não tem nada de errado com isso
um ritual de purificação
Os rostos sorrindo
vão se libertar, vão matar um deus
não acham que tanto poder é ruim
sabem que não é bem assim
hoje vão torcer e vibrar
estados inteiros ficam sem dono
toda essa gente em volta do trono
cidades inteiras fenecem
e não se sabe como
Não se sabe como
acontecem momentos assim
uma sequencia de atitudes ruins
de homens que regem com sono
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3. |
Deze7 Relâmpagos
03:45
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E não se dorme mais
na praia
17 relâmpagos transformaram
areia em vidro
Não dá pra descansar
no pavimento duro
lá não se dorme mais
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4. |
Vermelho
05:25
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Sonhei com um tumor no céu
um mal terrível, bonito e vermelho
que nascia antes do sol
e na cidade toda ele bocejava
com sua boca feita de espelho
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5. |
Ingestão (part. Guizado)
05:37
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Quanto mais eu falo com você
menos há pra se descobrir
menos areia, mais mar
menos areia
Quanto mais o mundo muda
mais junto a gente fica
em ilhas cada vez mais insólitas
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6. |
Yorick
04:22
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Me falta coragem todo dia
durmo bem, sem pensar
sem notar a própria covardia
não sei se sou
há melhores por aí
não tenho peito nem pra desistir
Me pego escapando com frequência
me distraio ao pensar
ao sentir no ar a incoerência
daqui de onde eu tô
sinto o tempo correr
me sinto ficando pra trás, tentando não me perder
Sei, não somos mais que meros grãos de sal
e que a terra em que piso devora tudo no final
às vezes o sonho me abre uma fresta
percebo o buraco no chão e a forma da vida que é mesmo um borrão
Me falta coragem todo dia
durmo bem, sem pensar
sem notar a própria covardia
não sei se sou
há melhores por aí
não tenho peito nem pra desistir
Já que eu sou feito de terra viva
Queimo tudo que toco, é de lava minha saliva
às vezes o sonho me abre uma fresta
percebo o buraco no chão e a forma da vida que é mesmo um borrão
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7. |
Ando Morto
06:04
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Andava sozinho na minha cidade de dentro
e o efeito do corticóide arrefecia
duas bacias vazavam já quase vazias
e o efeito da tua falta me malfazia
Nunca quis admitir o fim
e é por isso que eu ando morto
tá todo mundo torto em sua própria viagem
cê não tá aqui e eu tampouco
Eu moro sozinho na minha cidade de dentro
há nuances suaves de cores nos lugares que frequento
existe apenas uma pessoa na terra
e já faz tempo, que eu não ouço dela
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8. |
Dialua
04:15
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Me esforço pra correr no teu chão de giz
um rastro de memória que criou raiz
teu afago estranho cavou um buraco sem tamanho
no meu peito
Meu paço é lerdo no teu chão de giz
um resto de memória que criou raiz
teu afago estranho cavou um buraco sem tamanho
no meu peito
não tem jeito, eu vi que não tem
um salto colossal, demoro pra pisar no chão
Dialua
um sol de pele escura
flutua espalhando raios de amor e luz
Noitesol
a lua beijando o farol
um espelho que espalha boas ondas em nós
Numa jornada nada breve, eu ando leve, sem gravidade
o solo cinza, o teto escuro, o mundo inteiro sem muro
e eu não paro de cair
Até que a sombre me vele
até que o tempo me leve
Dialua
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9. |
Aprendendo a Andar
04:31
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Eu sempre soube voar
sempre fui de velejar o céu
ver as coisas lá de cima ver a gente passar
eu sempre soube voar mas te encontrei no chão
e pra te acompanhar eu vou aprender a
andar
com os dois pés no chão
estender fortalecer as canelas
cuidado pra não torcer o joelho
um passo logo atrás do outro não é assim tão fácil
acho que eu só presto mesmo é pra voar
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10. |
Nuvem de Mercúrio
05:17
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O canto dos nossos olhos
o mesmo som na mesma cabine
amanhecendo silêncio em longa metragem
durante a viagem vou destruindo a gente...
ô nega já chega do teu ziriguidum
que meu peito não aguenta mais
tanto artifício
falácia armada mais pesada que nuvem de mercúrio
num céu cinzento, ardendo num dia escuro
Hoje perdurei a incerteza
O canto dos nossos olhos
o mesmo som na mesma cabine
amanhecendo silêncio em longa metragem
durante a viagem vou destruindo a gente
ciente da tua macumba costureira
que meu peito não aguenta mais
tanto artifício
falácia armada mais pesada que nuvem de mercúrio
num céu cinzento, ardendo num dia escuro
de dentro da tua boca
eu vi sair um cosmo novo
um polvo feito de escuridão
um bicho doido, um treco novo que eu nunca ouvi
e eu sei, que nessa escuridão
sei que você também não
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11. |
Ruídos
04:42
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Um pouco mais de silêncio
um pouco mais de silêncio
lá fora o trator operava ruídos
lá fora o trator operava em silêncio
Um pouco mais de tratores lá fora
e o silêncio operava ruídos
um pouco mais, um pouco mais de silêncio
lá fora o trator operava ruídos
lá fora o trator operava em silêncio
Um pouco mais, um pouco mais de silêncio
lá fora o trator operava ruídos
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12. |
Voa
05:20
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Toma esse par de asa e voa pra onde EU quiser
Cê pensa, que você tá vivo
andando por aí, sempre de castigo
criando no próprio umbigo
um mundo confortável que te dê abrigo
A saudade de casa te perturba
e a imagem de uma casa não se monta
a cabeça já tá tonta de girar
sem memórias, sem lembrar de casa
Cê nunca se sentiu tão longe
tão longe dela
tão longe de casa
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